A previsão do tempo indica pouca alteração nas condições climáticas dos próximos meses. Apesar do período de chuvas, registrado em outubro, a meteorologia projeta uma baixa precipitação pluviométrica para o restante do ano.
Os indicativos são de agravamento da estiagem, que traz dificuldades para o homem do campo. A informação é do engenheiro agrônomo, Ronaldo Coutinho do Prado.
De acordo com ele, o fenômeno La Ñina continua exercendo influência na região pelo resto do ano. Com isso, Concórdia e outros municípios seguirão tendo chuva irregular e abaixo da média esperada em vários períodos. Ele lembra que nos momentos de bom volume de chuva, o agricultor, que é quem mais sofre com a estiagem, precisa se prevenir para a pior que está por vir.
“No geral, continua como vem acontecendo. A La Ñina acabou em maio, e voltou em setembro, e se confirma de vez em novembro e dezembro, de moderada a forte. Não só na reta final do ano, como vai longe. Provável que a gente tenha condição de chuva irregular. Momentos de muita chuva e períodos mais longos de pouca chuva. Poderemos enfrentar problemas maiores de pouca ou nenhuma chuva. A estiagem começou em 2018 e não acabou. Ela tem momentos em que dá trégua. O déficit de chuva é grande.
Ronaldo Coutinho lembra ainda que a irregularidade da chuva vai impactar também na manutenção da crise energética no país. “Vai, porque a principal bacia, que é do Paraná, boa parte dela está com essa irregularidade. E para recuperar as represas, teríamos que ter verão com dobro de chuva e caindo no lugar certo, o que não está indicando. Economizar e quem puder colocar fotovoltaica, ajuda muito a reduzir o valor da conta”.
Quanto às temperaturas, os próximos meses serão parecidos com o que foi visto entre agosto e setembro. Ou seja, temperatura irregular, também impacto da La Ñina. De novembro até dezembro, Coutinho explica que a região terá bastante oscilação, com dias de muito calor e outros períodos com ondas atípicas de frio.
Ao longo deste ano, Concórdia teve a maioria dos meses com chuva abaixo da média. No acumulado do ano, até agora, o município segue com o volume abaixo da média do período. Já quanto ao frio, este inverno também teve ondas de frio mais intenso do que em outros anos. Inclusive, houve períodos de frio acima do esperado entre agosto, setembro e outubro.