Supervisor de Fomento de Leite da Copérdia destaca a importância de uma pastagem de boa qualidade para melhorar a produtividade.

Escassez de sementes, elevação nos custos de aquisição e atrasos na chegada de sementes importadas: estes são alguns dos desafios enfrentados quanto às pastagens de inverno neste ano. Diante da variedade de culturas propícias para esta época do ano, seu potencial produtivo é visto como muito relacionado a aumentos na venda do leite e crescimentos no volume produzido.

Para o Supervisor de Fomento do Leite da Copérdia, Wagner Ely, o inverno permite visualizar-se não só maior produtividade no campo, mas também melhorias de componentes tais como os teores de proteína e gordura. Como resultado, há tendências de impacto financeiro favorável ao trabalho realizado. “Esse aumento de produção e melhora na composição acaba diminuindo o custo do leite, dessa maneira, o produtor consegue melhorar a margem”, destaca.

Apesar do frio e umidade, Wagner lembra que o período é caraterizado por tendências benéficas à produção. “É uma epoca onde as vacas respondem muito bem aos estímulos dados ao aumento da produção de leite. As pastagens conseguem reduzir para os custos de produção e o produtor avançar no seu negócio”, explica.

Sementes de aveia, trigo e azevém compõem algumas das culturas de inverno mais frequentes na região. Para o mês de maio, a tendência é de maior plantio de variedades do azevém, que neste ano apresentou custo maior que em anos anteriores, e é alvo de melhorias genéticas capazes de aprimorar a entrega final. “Hoje já temos variedades melhoradas, inclusive as tetraploides, que passaram por um processo de seleção genética mais aprofundado e com uma excelente entrega de materia seca ao final do ciclo produtivo”, detalha.

Já as culturas de aveia, majoritariamente presentes nas variedades preta e branca, também demonstram relevância a nível regional. Algumas delas, segundo Wagner, têm maior resistência à ferrugem, doença causada pelo fungo Puccinia sp. “A recomendação é que o produtor adquira boas sementes, certificadas, já passando por melhoria no processo de seleção”, orienta.

Chegada há cerca de cinco anos na região, o trigo tem ocupado bastante áreas de cultivo, e tende a ser adotada com maior frequência por produtores com rebanhos confinados. “Permite a eles produzir um excelente volume por área e estocar para fazer o uso durante o restante do ano.”

A efetividade do plantio passa por etapas que, segundo o Supervisor, começam na definição das áreas. Antes de efetuar a semeadura, é preciso verificar a necessidade de correção e, ainda, a adubação do solo, tarefas onde os produtores podem contar com auxílio das equipes técnicas da cooperativa. “Depois que está feito o plantio, é importante que o produtor acompanhe a emergência dessa cultura”, pontua Wagner, mencionando os riscos do ataque de pragas nas fases iniciais.

Depois de estabelecida a cultura, os pastoreios são a etapa a ser realizada. A Copérdia sugere atenção às reposições de nutrientes, em especial o nitrogênio, que corresponde ao crescimento vegetativo ao longo do tempo e aumenta a capacidade de produção para as plantas. “Podem ser usados os dejetos, que são bem abundantes em nossa regiao, mas a cada dois pastejos é preciso fazer uma adubação de cobertura, de acordo com a expectativa de produção e indicação da equipe agronômica a partir das análises de solo de cada área”, finaliza.

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