Departamento de Agricultura da cooperativa está permanentemente atento às adversidades que podem prejudicar as lavouras
Diante do clima equilibrado e de perspectivas de continuidade do tempo ameno – com possíveis veranicos para os meses finais do ano, as lavouras de milho e soja vem expressando um bom potencial produtivo na região. Na conjuntura atual, as culturas de milho e soja destacam-se por suas particularidades, exigindo cuidados ao longo de todas as etapas do processo produtivo.
O Engenheiro Agrônomo responsável pelo Departamento de Agricultura da Copérdia, Jean Antonietti, lembra que o plantio do milho ocorre em meados de agosto em diante, e avalia que a cigarrinha, muito recorrente em anos anteriores, deixou de ser o maior problema. “O que se percebeu de maior intensidade foi a questão de Tripes, um inseto minúsculo, mas que prejudica o desenvolvimento da cultura no estágio inicial, e também os percevejos, que vêm atacando e causando danos às lavouras”, explica.
O inseto Tripes da espécie (Frankliniella) pode causar sérios danos, mas não é o único obstáculo observado nos últimos meses pelos produtores do milho. “Há poucos dias, com o aumento da temperatura, percebemos um aumento de incidência de lagarta no milho, mas nada que comprometa diretamente em si a produtividade e a cultura”, comenta Antonietti. O milho tem vivenciado quedas consecutivas de plantio nas safras, fenômeno potencializado por três fatores: custo de implantação, alto risco que representa frente às condições climáticas de cada período e a alta incidência de cigarrinha que se teve nas últimas safras.
Já a cultura da soja, que está em início de semeadura, em outros países já enfrenta a presença de ferrugem, doença prejudicial ao cultivo e que serve de alerta aos produtores brasileiros. “É um manejo que o produtor precisa estar atentando e proteger a cultura a partir dos 25 dias aproximadamente após germinação”, orienta o responsável pelo Departamento, mencionando que o dano é na fase inicial.
Considerado o momento mais crítico da cultura, a fase inicial é justamente o alvo das recomendações de Antonietti. “Recomendamos fazer esses manejos preventivamente, rotacionar princípios ativos e encurtar intervalos de aplicações, para quebrar ciclos de pragas ou ir protegendo as plantas das doenças”, explica.