No Planalto Norte a colheita da soja está na reta final. O engenheiro agrônomo da Copérdia na região de Major Vieira, Emmanuel Bergossa, comenta que falta colher cerca de 5% da safra e 20% safrinha.

A produtividade é considerada boa, mas não correspondeu às expectativas dos produtores, que esperavam mais em função do volume de chuvas. “Na safra do ano passado tivemos uma seca severa, que prejudicou bastante as lavouras. Agora se esperava uma produção melhor, mas tivemos problemas com doenças e falta de luminosidade”, comenta Bergossa.

A colheita está bem variada. Segundo o engenheiro, em algumas áreas a produtividade está em 35 ou 50 sacas por hectare, mas a média deverá fechar em 70. “Os produtores esperavam até 80 sacas por hectare”, afirma o engenheiro.

Se no ano passado faltou chuva, nesta safra teve excesso nos primeiros dias do ciclo da soja. O resultado foi problemas com o popular mofo branco (sclerotina) e a ferrugem. “Isso provocou a perda de algumas plantas”, destaca Bergossa.

Quem fez as aplicações preventivas de fungicidas e biológicos, conseguiu evitar as doenças. “Como os anos anteriores foram secos, não tínhamos esses problemas, e muitos não fizeram esse manejo”, afirma o engenheiro. Segundo ele, é importante fazer o histórico da área para essas doenças. Se não houver rotação de cultura, o risco pode permanecer por até seis anos.

O tempo encoberto também prejudicou o desenvolvimento das plantas. Bergossa explica que a luminosidade é muito importante para a soja. Em alguns casos, o veranico de 15 dias na fase de enchimento dos grãos também afetou a qualidade.

Mesmo que o volume colhido não tenha sido o que os produtores esperavam, a rentabilidade será uma das melhores. “A maioria teve uma boa produtividade e o preço está super valorizado”, ressalta o engenheiro.

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