No meio rural, as queimadas ainda são muito utilizadas pelos agricultores para limpeza e preparo do solo antes do plantio. A queima da vegetação nos campos ou em lavouras tem o objetivo de renovar a vegetação, ou retirar uma cultura para implantação de outra, essa técnica é de baixo custo o que favorece sua utilização.
A queima controlada consiste em manejar o fogo nas áreas previamente estabelecidas no sentido de prevenir a ocorrência de incêndios. É preciso muito cuidado para não perder o controle do fogo causando incêndios de forma a atingir áreas vizinhas. A queima não deve ser realizada em dias de muito vento ou de temperatura muito elevada. O primeiro passo é ter a autorização do órgão ambiental competente. No IMA Santa Catarina por exemplo, a queimada sem autorização é infração punível com multa de R$1.000,00 (Um mil reais) por hectare ou fração (Decreto 3.179/99, art. 40).
A Copérdia lembra aos produtores que é vedado o emprego de fogo em circunstâncias como: 15 (quinze) metros dos limites das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica; 100 (cem) metros ao redor da área de domínio de subestação de energia elétrica; 25 (vinte e cinco) metros ao redor da área de domínio de estações de telecomunicações; 50 (cinquenta) metros a partir de aceiro, que deve ser preparado, mantido limpo e não cultivado, de 100 (cem) metros de largura ao redor das Unidades de Conservação e 15 (quinze) metros de cada lado de rodovias estaduais e federais e de ferrovias, medidos a partir da faixa de domínio.
Recomendações
Apesar de a curto prazo parecer vantajosa muitos cuidados devem ser tomados com essa prática. A queima pode gerar degradação do solo, pois deixa o mesmo exposto a ação das chuvas e a perda de nutrientes. Prejudica a biodiversidade animal e vegetal. Além de prejudicar a qualidade do ar, pois há liberação de gases que contribuem para a geração do efeito estufa. A queimada deve ser vista como uma última alternativa a limpeza de uma área.
