Responsável pelo Departamento de Agricultura da Copérdia aponta riscos e ameaças ao desenvolvimento das culturas.
As culturas de milho e soja encontram-se em fase de colheita neste momento na região. Com previsão de pico para daqui a alguns dias, a colheita representa uma etapa importante, evidenciando a superação de desafios surgidos recentemente. Entre os obstáculos, estiveram algumas doenças e pragas capazes de diminuir a produtividade.
Conforme o responsável pelo Departamento Agricultura da Copérdia, Jean Antonietti, a ferrugem-asiática se apresenta como uma ameaça ao desenvolvimento da cultura da soja. Causado pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, o problema é considerado um dos mais comuns nas culturas de soja no Brasil. “O produtor teve de estar atento, fazer o manejo e mais aplicações de fungicidas, elevando o custo. Por outro lado, o preço dos grãos baixou ou estabilizou-se. O custo da safra que está sendo colhida agora foi alto”, relata, mencionando os impactos existentes. Outro desafio da soja foi o complexo de Diaporthe que é responsável pela anomalia, que gera apodrecimento nas vagens.
Já com relação ao milho, a doença conhecida como bacteriose, que ataca a planta, e a cigarrinha, foram os desafios mais frequentes da temporada. “Começamos o ano com bastante pressão de cigarrinha, a qual transmite molicutes e virose da risca interferindo drasticamente na produtividade. Na sequência, tivemos alta precipitação pluviométrica”, explica. A qual facilita para a entrada das demais doenças e na lixiviação de nutrientes.
Cinco passos para uma lavoura de sucesso
1 – Escolha uma boa semente: Ela não resolve tudo sozinha, mas é meio caminho andado. Escolher a semente certa para as características de solo de cada região e objetivos do produtor é muito importante.
2 – Calibre a semeadoura: Antes de iniciar a semeadura, faça a verificação dos equipamentos. Falhas nessa etapa podem representar desperdícios de insumos e prejudicar os resultados da colheita. Em outras palavras, pode ser dinheiro jogado fora. É necessário conferir os discos de corte, correntes de transmissão, limitadores de profundidade, compactadores, condutores e distribuidores de adubo.
3 – Cuide da adubação: A quantidade adequada de fertilizante a ser colocada no solo vai depender dos resultados das análises de solo. É muito importante ter essa informação para não desperdiçar insumos e saber o que realmente é necessário repor.
4 – Siga a plantabilidade: Não é exagero! A distribuição correta, cuidando com o espaçamento entre sementes e linhas, faz muita diferença, sim. A má distribuição das sementes diminui a eficiência de aproveitamento de recursos como luz, água e nutrientes.
5 – Use o herbicida adequado e na hora certa: A dessecação antecipada ou na pré-semeadura é importante para eliminar toda a vegetação existente na área. Estão nessa lista as ervas daninhas e os restos da própria cultura da safra anterior.