Diante de condições climáticas adversas, muitos produtores da região sul do país têm se preocupado com o excesso de chuva e as baixas temperaturas nesta época do ano. Como consequência, atrasos no plantio de milho e soja podem comprometer os planos de safrinha para as regiões que fazem segunda safra. Outra cultura que vem sendo afetada pelos efeitos climáticos é o trigo.
De acordo com o extensionista da Copérdia, Lindomar Borba, da filial de Enéas Marques (PR), existe atenção aos impactos do clima. “Aos que conseguiram plantar, a preocupação está no desenvolvimento da cultura, em especial o milho, gramíneas C4, que dependem de temperatura mais alta para seu desenvolvimento”, relata.
Conforme Borba, além de fazer pouca fotossíntese, o milho fica propício a doenças como fungos capazes de sobreviver e reproduzir-se, devido à umidade. Entre os exemplos de doenças comumente encontradas nesta cultura, estão: ferrugens, cercosporiose, helmintosporiose, enfezamento, mancha de diplodia, entre outras.
A forte presença de precipitações tem dificultado a realização de tratamentos pré-plantio, além do uso de fungicidas e inseticidas para controlar as patologias. “As principais doenças nesse período atual, com umidade extremamente alta, podem afetar parte foliar e espiga e prejudicar a qualidade dos grãos e consequentemente a produtividade”, reitera.
Também segundo o extensionista, o receio quanto aos danos trazidos por pragas também são motivo de atenção. “Os maiores danos por pragas se deram por Tripes, percevejos e vaquinha, sendo de controle mais fácil e efetivo comparado às cigarrinhas”, detalha.
No caso do cultivo de soja, é preciso que o produtor fique atento, pois quando as chuvas cessarem, a chegada de um clima mais seco pode acentuar a incidência de pragas. “Por isso, o cuidado deve ser redobrado, e aproveitar o máximo da tecnologia que se tem presente na agricultura”, finaliza