Os produtores do Planalto Norte enfrentaram um inimigo poderoso na safra de milho 2020/2021 que foi a cigarrinha. De acordo com o extensionista da Copérdia, Juan Carlo Stoltz, houve ataques da praga em grande parte das lavouras provocando prejuízos entre 20% e 30% e se constituindo na “pedra no sapato” dos produtores. “Na safra passada não tivemos problemas com o clima, as chuvas normais, mas as cigarrinhas, sim foram o um poderoso inimigo”, relata.
Stoltz explica que esse ano as lavouras não foram vítimas de ataques de cigarrinhas, em parte porque a equipe técnica da Copérdia adotou estratégias de controle e indicou materiais menos sensíveis à praga aos cooperados, porém, em algumas regiões o estresse hídrico resultou em quebra de até 25% nas lavouras de milho. “Em lavouras que havia expectativa de colher 180 sacas por hectare a média não passou de 130. Em outras regiões onde o potencial era de 240 sacas por hectare a média baixou para 200”, revela o extensionista.
Stoltz comenta que o produtor que não fez um bom manejo com alto investimento teve prejuízos ainda maiores e redução drástica na colheita. Segundo ele, num solo bem corrigido a planta sente menos a estiagem e em solo com carência de nutriente os prejuízos mais significativos.
O extensionista revela que a previsão é de uma safra de milho com redução de produtividade em torno de 20% a 25%. Quanto à qualidade, segundo ele, mesmo com problemas climáticos, é boa. Stoltz diz que a região do Planalto Norte, além da estiagem, enfrentou a queda de granizo em algumas regiões no período de enchimento de grão o que provocou perdas de até 70%. “Tivemos queda de granizo em algumas lavouras no período mais crítico que é durante o enchimento do grão”, ressalta, concluindo que a produtividade da região vai ficar em 150 sacas por hectare, em média. “O potencial é para colher 220 sacas por hectare, mas por fatores climáticos, a média caiu para 150 por hectare.
